segunda-feira, 6 de junho de 2011

Um bálsamo, quentinho, por favor.

"Queria que algum sopro fizesse parar de doer
e levasse junto com a dor essa falta. Essa falta enorme e amarga que ele faz."

Eu queria espantar aquela dor pra longe. Queria tudo curado, mas ainda via jorrar sangue das feridas. Meu estômago fazia festa, no auge de sua estúpida e independente gastrite. Minhas pernas quase voavam, na ignorante mania de agora, não andar mais rápido. Queria não lembrar, mas a saudade, danada, deitava e acordava em meu encalço. Meu coração, já não batia, tremia, e desse, coitado, eu sequer ousava tirar sarro.
Eu queria que nada doesse. Ou até que doesse, se houvesse aqueles braços para me acalmar. Não havia. E eu reaprendia, que as vezes é preciso doer-se todo para se curar.



"Little house - Amanda Seyfried"

Camila Lourenço

5 comentários:

  1. pois é Camila,

    o seu blog é muito lindo...
    e seus textos muito bons.

    boa semana p ti...
    bjos

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  2. já deixou doer até demais... abre espaço pro remédio agora, pra cura.


    Beijo Cá!

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  3. Menina onde você encontra tanta inspiração?
    Tudo muito encantador e transparente, parece que você até sabe o que se passa com as pessoas.
    E essa dor? Manda pra bem longe... como se fosse fácil tanto quanto se diz... Eu bem sei que não é... Tô precisando de uma cura também.

    obs.: não to conseguindo postar comentários aki. Só anônimo.
    Beijos Cris

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  4. A cura pela dor...

    "A dor vai fechar esses cortes"

    Verdades sentimentais doloridas,as suas!
    Compartilho igual!

    Renata Cibelle

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  5. Eu fui aprender a pouco tempo, que a melhor coisa para superar uma dor é viver essa dor, para seguir em frente sem algum resquício. Adorei o texto. Beijinhos.

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Espaço pra seu 'pitaco'!
Bjokaa!