Eu vivia reclamando do meu inquilino. Dos estragos que ele fazia. Do furacão que ele sempre parecia ser. Mas, eu não podia simplesmente despejá-lo. A casa na qual ele morava eu havia recebido por herança, e no testamento quem a deixou determinou que ela seria minha, mas que ele habitaria nela até o fim da minha vida. Depois de anos lamentando, resmungando, chorando, revoltando, me lembrei do tal ditado "não pode com ele, una-se a ele". Foi então que comecei reparar em como as paredes eram mais coloridas depois dele, em como as plantas eram sempre verdinhas, mesmo com a ventania que ele sempre trazia, e, em como havia sempre um sopro musical no ar por onde ele passava. Aceitei então meu inquilino e vi nele meu melhor amigo. É bem verdade que ele ainda arranca, vez ou outra, de mim algumas lágrimas, mas, agora ele me pega no colo, assopra minhas feridas e diz: "é porque você ainda não entende muita coisa, mas com o tempo, você ainda vai me agradecer."
E foi assim que eu aprendi que meu inquilino valia mais que minha casa. A casa é meu coração. O inquilino, o amor.
"Love is not a fight - Warren Barfield"
Camila Lourenço
Camila continuo a a dizer que tu és algo fenomenal em construção!eu chego aqui e penso!:"Waaaaauuu,meu deus esta menina sabe sentir!Percebes,,,..aaaaaa tu me emocionas muito..me cativas e me fazes usar a imaginação e tudo isso te faz especial..te adoro..bjs
ResponderExcluirNossa, como você consegue tocar tão lá no fundo? Sou sua fã! Hahaha, seguindo :)
ResponderExcluirEu também já quase expulsei esse inquilino daqui. Mas hoje eu percebi que já era, ele acabou comprando minha casa. rs..
ResponderExcluirbeijinhos*
Camila,
ResponderExcluirQUE TEXTO! Seus pensamentos mergulham fundo, aí dentro de você, e trazem a superfície textos surpreendentes. AMEI! Amei de ficar arrepiada, sério!
Muito obrigada pelo comentário tão generoso...
Beijos, querida!
Que coisa mais linda.
ResponderExcluirputz, que bonito...
ResponderExcluirwow! Criativo...
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