quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Aprendendo a desaprender


Todas as vezes que me protejo, evito um monte de dores, mas muitas alegrias e boas experiências também.
Seria até bom se fosse fácil fazer como é fácil dizer:"Hoje vou sair da casca e vou enfrentar tudo e todos de peito aberto, sem armaduras". Mas não é bem assim que funcionam as coisas. Quem seu queimou uma vez sabe muito bem como é a dor do fogo ardendo na pele.Muitas vezes tem ainda gravado no corpo o herança do que passou e não quer ver outra cicatriz no restante da pele que ainda é "limpa".
Mas, acontece que todo mundo tem suas marcas. Todo mundo tem uma dose de lembrança dos inferninhos que já passou e muitas vezes nos defendemos exatamente daquele que já está bem mais machucado que nós mesmos.
Se proteger é bom. No entanto as vezes é bom esperar o ataque para se defender.
Estar vivo é um conjunto de emoções e experiências. Já perdi muitas por me defender do que talvez fosse inofensivo e talvez continue perdendo outras tantas por não saber mais como tirar essa armadura que parece colada no meu corpo e esse escudo que grudou na minha mão. Mas hoje eu descobri: existem pessoas bem mais machucadas que eu.
Talvez olhar para o restante da barriga além de fixar o olhar somente no meu umbigo seja meu primeiro passo para o aprendizado de desaprender a me defender de tudo.
Talvez...




Camila Lourenço

2 comentários:

  1. Pois é Camila eu assim como todo mundo tenho marcas,
    e por isso a algum tempo estava fechado para o mundo fechado para o amor mais com o tempo as coisas mudam as vezes precisamos tirar estas armaduras para não perder os bons momentos da vida ninguém sabe o dia de amanhã, assim é a vida o tempo não para.

    Você como sempre escrevendo como o coração adorei ler

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  2. Que saudade eu estava da sua marquinha por aqui Cleidinei!
    Que bom que você conseguiu tirar a sua armadura...eu ainda estou tentando, mas td bem, uma hora que consigo.

    Beijo!

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Espaço pra seu 'pitaco'!
Bjokaa!