quarta-feira, 27 de julho de 2011

My way

"Deus não me cure jamais desse mal de acreditar em todas as cores que Você até hoje me fez sorrir."

Eu me lembro do gosto gostoso do chiclete que a menina mascava enquanto a chuva caia. Lembro também daquela sensação dos pingos nos poros e aquela felicidade besta de não sei o quê vinda sei lá de onde. Os sapatos de camurça, a calça jeans desbotada, a blusa do pano fino ficando transparente pela água que caía.
Lembro daquele tempo, que os olhos tinham bem menos nuvens, o peito muito mais sonhos e o coração e joelhos bem menos arranhões.
Aquela garota sedenta da vida, impulsiva e que gritava para os quatro ventos que queria dizer aos netos um dia que havia tentado, arriscado e vivido a seu modo carrega agora uma série de reflexões e marcas sobre suas escolhas e uma verdade consigo: na vida, o arrependimento só tem espaço quando a vontade de se levantar é menor que a pedra que te fez cair.


"My Way - Elvis Presley"

Camila Lourenço

2 comentários:

  1. Lindo o texto e linda música, pititica..
    acho q não tenho nem o que falar sobre a música, pois como sempre digo, parece q foi escrita por mim, tamanha semelhança.. então ela é um caso a parte.. palavras de Elvis, de Frank...

    E pra mim a vida é isso.. arriscar e fazer do seu jeito. Nada garante que isso vai dar certo, mas só o fato de encher a boca e dizer: EU FIZ A MINHA PARTE. já é o suficiente, faz tudo valer a pena. E creio q a gente nunca sai perdendo.. com resultados positivos ou negativos, vem a parte mais importante: O aprendizado. e nos momentos ruins ele faz com que a gente cresça 10x mais q cresceria num momento feliz..

    Beijos!!

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  2. Tenho lembranças assim também, recordo da menina que um dia eu fora, dos caminhões de sonhos que eram iguais os sonhos de todas as meninas que eu conhecia, sempre sonhos materias, recordo das amizades que não era só de escola, era da rua, de casa, da vida, do belém- belém eterno que durava poucas horas, lembro do quão feliz já fui, sorridente, desesperadamente empolgada pra tudo, as únicas dores que me feriam era quando me esfolava numa brincadeira, quando levava uns tapas por desobediencia ou quando mamãe não podia me dar a sandália da Xuxa que ficava colorida no sol ou o tamanco da Karla Perez, que era marrom escrito o nome dela de azul, rs rs. Hoje nem tem mais tantos sonhos e se têm nem são materias, os sorrisos são bem menos também e estado de felicidade quase nem faz visita, as amizades ainda existem, algumas ainda daquela época, outras de pouco tempo, mas sempre tem uma pra detreminada situação, as dores são outras e bem mais profundas e doídas. Tudo tem outro gosto, até mesmo a maria mole, o algodão doce, o sorvete de uva, a convivencia, o abraço, uma conversa qualquer... Os tempos mudam, as pessoas mudam, nossa vida muda e diante de tantas mudanças nós mudamos também. Aceitar as mudanças é que são elas!!!


    Obrigada pela reflexão!!

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Espaço pra seu 'pitaco'!
Bjokaa!