Parei. Olhei para o céu. O sol continuava lá, brilhante e lindo como sempre, e não achei ironia.
Respirei fundo e aceitei o que havia em mim. Vi meus erros e não os ignorei. Olhei-os nos olhos para descobrir o que havia deles em mim.
Aceitei que impulso era algo meu, e o encarei, para poder assim, no momento preciso, o enfrentar e frear.
Vi os pagamentos dos pecados que cometi, e vi os que a mim foram atribuidos pelo crédito imerecido que por várias vezes, burra ou talvez ingênua, havia oferecido a quem aparentemente não merecia minha desconfiança.
Presenciei meus julgamentos e condenações merecidas e imerecidas e aceitei o fato que na vida, sempre irão nos julgar, que nem sempre mereceremos sentar no banco dos réus, e aceitei ainda, que muitas vezes, nos colocariam lá sem nem mesmo sabermos por quê.
Aceitei a mim.
Aceitei. Respirei. Olhei para o céu mais uma vez, e vi, através daquela luz, que a vida, apesar de todos os pesares, continuava - e continuaria- linda. E eu sabia disso. E bem ai, morava a minha força.
Camila Lourenço
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Espaço pra seu 'pitaco'!
Bjokaa!